sábado, 4 de julho de 2009

Memórias da Cidade Maravilhosa


Eu não podia chegar do Rio de Janeiro e não fazer meus comentários sobre a cidade!

Ah se o Rio fosse como a globo taxa! Só balas perdidas, assaltos, bandidos, mortes... Mas ainda bem que pude estar lá e conferir o quanto a cidade é linda, e por incrível que parece a gente não vê nas ruas tanta gente pedindo, cheira cola, como nas ruas de Recife. Achei até um pouco mais “seguro”.... rsrs

Mas o Rio tem muita coisa para se ver sim! Fiquei encantada com a vista da cidade de cima. O Cristo, energia positiva, uma paz... Ainda mais com toda aquela imensidão vista lá do alto. Todos querendo sair bonito na foto com o Cristo atrás.

Na floresta da Tijuca? Ah quanta coisa linda, apesar de passar lá rapidamente, deu para ver quanta beleza e quanto verde ainda preservado. Uma cachoeira que da vontade de passar todo o dia debaixo dela só com a água caindo na cabeça.

Foram momentos impares, que só estando lá para ver. As fotos não explicam a sensação tão boa de como é estar no Cristo.

Sem falar no Pão de Açúcar!! Andar de bondinho é bom demais! Ainda mais podendo ver praias, morros e o céu bem de perto!!! Poder estar mais junto da natureza, sem tanta coisa artificial.. Dá até para esquecer um pouco dos problemas do cotidiano.

No meio de tudo surge o parque lage, lugar onde foi gravado Macunaíma, Macunaíma, “herói de nossa gente” nasceu à margem do Uraricoera, em plena floresta amazônica. Descendia da tribo dos Tapanhumas e, desde a primeira infância, revelava-se como um sujeito “preguiçoso”.
Depois de “reviver” Macunaíma, ficar perdida pelas ruas do Rio não é muito bom... rsrs até porque ninguém ajuda em nada, sem falar das caras feias... Se não fosse um taxista estaria até agora a procura do meu destino.... rsrs Apesar de alguns minutos perdida, me encontrei logo após andar um pouco... Sem falar que me senti em plena ladeira da misericórdia, situada na parte histórica da cidade de Olinda. Se eu soubesse do atalho que não me foi informado, teria chegado mais rápido e menos cansada... Mas viajar e não ter uma coisa engraçada para contar não tem graça!!!


Ahhhhh, não poderia esquecer de comentar do Tempo Glauber! Lá é onde pude encontrar as pessoas mais receptivas e simpáticas da cidade! Foi o único lugar onde me senti bem, que fui bem recebida, pois pelas ruas as pessoas são bastante mal educadas, e egocêntricas. Mas algumas horas lá não foram o suficiente para descobrir muita coisa... Tive que chegar em casa e correr para o GOOGLE. Infelizmente o Brasil tem coisas riquíssimas e de nada é dado o devido valor. - Talvez se os políticos esquecessem um pouco mais nos seus salários, viagens, cartões, e investissem um pouco mais na nossa cultura, educação, saúde, algo seria um pouco diferente. - Fiquei surpresa ao saber de como surgiu o TEMPO. Mas nada abalou Dona Lúcia de correr atrás do que lhe era direito. Lamentável dizer, mas apenas interessa o lucro para nossos queridos administradores, porque é claro que o presidente não “toma conta” sozinho do Brasil. Mas e a cultura? Quase sempre esquecida. É lastimável saber que a mídia toma conta da massa do nosso país, e poucos conseguem escapar dessa prisão, e não se tornar mais um acéfalo, e conseguir se libertar de safadeza que é nossa TV. TV Cultura ninguém quer assistir, mas acompanhar novelas todos os dias ninguém perde, e quando perde parece que algo de grave no mundo aconteceu. E filme bom, é filme de sucesso, filme de mídia. Confesso que adoro esses filmes produzidos pela globo filmes, mas apenas para rir um pouco e esquecer do mundo lá fora por algumas horas, mas se você me perguntar depois de uma semana o que tinha no filme, o que ele tem a passar, infelizmente não sei. Minha memória já não é bom e para coisas insignificantes pior ainda. O Brasil precisa de pessoas ousadas, e que falem sem medo para o mundo a realidade de um país. Esconder do povo dizendo que o Brasil não tem fome nem miséria... é claro que é mais fácil maquiar, do que tentar mudar. Ao sair Amarelo Manga nas telas dos cinemas, me foi dito que não prestava por conter muitos palavrões, mas essa é a realidade de quem vive nas classes mais baixas, pois sequer tem educação de se dar “bom dia”, “com licença” e “obrigada”.


Terminar minha estadia no Rio tomando uma cerveja com uma companhia agradável, as risadas dada, os puxões de orelha que levei, superou a aflição de estar perdida por alguns minutos na cidade maravilhosa. Lembranças únicas que foto nenhuma consegue transmitir a sensação de ver o Cristo e esquecer por algum tempo a vida que continua lá embaixo.

Um comentário:

  1. Olá Flávia! Quanto tempo tu não postavas nada né?

    Li este teu último texto, com gosto, pois sempre é legal saber o que pensam de nós. Quais as críticas que constroem de nós. E é isso mesmo, a cidade - geograficamente, arquitetonicamente (do que restou de sua historicidade), é incrível sim e eu próprio não me canso de constatar isso; e olha que faltou muito mais a conhecer. Mas é fato também, que sociologicamente falando, fica muito, muuuuuuuuuito a desejar. Falta uma educação mais apurada, para que o respeito ao outro, como de outros tempos, seja resgatado dentre nós. É pena é fato, mas para que são de sonhar, é batalhar no seu individual, para que um outro mundo seja possível.

    Mas de qualquer forma, "entre mortos e
    feridos, salvaram-se todos!".

    Entra lá o meu blog, e vamos nos falar mais. Para além do blog do Circo Industrial, tenho participação em um só meu, o:

    htp://naocaiboentreaspas.blogspot.com

    Falemo-nos mais.

    Bjão!

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